segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Lapa: Apesar da greve, bancos e comércio funcionam normalmente

Desde que os policiais militares de Bom Jesus da Lapa declararam greve no último sábado (04), existia uma apreensão dos lapenses de que a onda de violência que tomou conta de outras cidades onde os PMs pararam suas atividades chegasse por aqui. Mesmo assim, bancos, instituições públicas, escolas e o comércio em geral funcionaram normalmente nesta segunda-feira (06).
Alguns bancos, porém, somente decidiram manter o expediente normal em cima da hora. Caso da agência da Caixa Econômica Federal. Até quase meio-dia ainda apenas um caixa atendia aos clientes. O resultado, foram filas enormes e reclamação geral. Após um princípio de discussão entre pessoas que estavam na fila e um segurança, o atendimento foi normalizado e todos os caixas passaram a funcionar.
Apesar do atendimento normal hoje, ainda não está descartada a possibilidade de suspender as atividades, caso um clima de insegurança se instale na cidade. Em entrevista ao Informe GBJ no último sábado, o aspirante a oficial da PM tenente Baião disse que o melhor seria que o comércio e os bancos não funcionassem, por medida de segurança.
Greve - A paralisação dos policiais de Lapa acompanha o movimento grevista instaurado em Salvador há 07 dias. Desde a deflagração da greve, as principais cidades baianas têm sofrido ataques de vandalismo e assaltos promovidos por policiais, bandidos e a população. Para contornar o problema, o governador Jacques Wagner pediu ajuda federal que enviou homens da Força Nacional de Segurança e das Forças Armadas de diversos Estados para a capital baiana. Ainda assim, o número de homícidos aumentaram em mais de 100% após a greve.
Parte dos manifestantes estão acampados na Assembleia Legislativa da Bahia. Para retomar o prédio e cumprir 11 mandados de prisão, 40 homens da Polícia Federal, junto com o Exército, cercaram o lugar na manhã de hoje. Manifestantes e militares chegaram a entrar em conflito.
Mesmo com a forte pressão da mobilização e o caos instalado em todo o Estado, Wagner já disse que não negociará com os grevistas, e já chamou o movimento de "levante".

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