segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Agência bancária de Serra do Ramalho é assaltada

Mais de dez homens fortemente armados assaltaram a agência do Banco do Brasil de Serra do Ramalho, distante 845 quilômetros de Salvador, na manhã da última segunda-feira (31/10).

Segundo informações do delegado da  24ª Coordenadoria Regional da Polícia Civil de Bom Jesus da Lapa (COORPIN), dr. Antônio Santana, os bandidos chegaram em 3 carros e invadiram a agência atirando, causando pânico e correria na cidade, mas não houve feridos.

A quadrilha fugiu em levando uma pessoa como refém, que foi liberada após a saída da cidade.

Durante a fuga, tomaram de assalto um caminhão baú no entroncamento da estrada para Sítio do Mato e atearam fogo para atrapalhar o tráfego na BR 349, que liga Serra do Ramalho à Bom Jesus da Lapa.

Apesar disso, a polícia investiga a hipótese dos bandidos terem fugido pelo rio nos arredores da comunidade Boa Vista. "Houve perseguição policial e se localizou uma caminhonete L200 amarela utilizada pelos bandidos. Eles abandonaram essa caminhonete e, segundo informações preliminares, atravessaram o rio em um barco e pegaram outro veículo que já estava esperando do outro lado da margem",  contou dr. Santana.

A Polícia Civil também apreendeu um barco a motor que acredita ter sido utilizado para atrevessar o rio e o carro usado para a fuga inicial que pode pertencer a um médico de Riacho de Santana assaltado há pouco tempo.

A polícia também trabalha com a possibilidade do mesmo grupo estar envolvido em outros assaltos a bancos que aconteceram na região. "Eu recebi uma mensagem do delegado de Brumado dando conta de que deliquentes fizeram outro assalto ao banco de Paramirim (em 01/11). Dois indivíduos foram vistos a pé de mochila perto de Caturama com a localidade Pedrinhas. Então tudo indica que eles fizeram os assaltos, abandonaram os veículos e seguiram a pé. (...) Podem não ser (as mesmas pessoas), mas podem haver elementos comuns", afirma o delegado.
O delegado acredita que a quadrilha tenha integrantes de Lapa, Sítio do Mato ou Serra do Ramalho, "por que a rota de fuga é de alguém que realmente conhecia região".

Quanto ao dinheiro roubado, o banco não divulgou a quantia nem a polícia recuperou. Ainda de acordo dr. Santana, não acredita-se que tenham levado muito dinheiro, já que roubaram apenas os caixas.


A primeira notícia
Bandidos invadiram e assaltaram uma agência do Banco do Brasil em Serra do Ramalho na manhã de hoje (31). Formações preliminares dão conta que foram disparados tiros durante o assalto, mas não foi confirmado de onde saíram. A 38ª CIPM de Bom Jesus da Lapa enviou três viaturas e 15 homens para o local. A Polícia Civil também foi acionada. Porém ambos os órgãos não deram maiores detalhes do ocorrido.
Mais informações no decorrer do dia. 

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Grave acidente com van que faz linha Lapa-Guanambi

Um grave acidente aconteceu na manhã de hoje (27) na BR 430 no sentido Igaporã-Caetité. A van de transporte de passageiros de Lima foi atingida na traseira por um caminhão e caiu de uma barranco cerca de 15km após a cidade de Igaporã. O próprio Lima confirmou quatro mortes no local. E o site IGuanambi divulgou mais um óbito já no Hospital Regional de Guanambi.
Segundo informações preliminares repassadas por Lima, dono da van mas que não estava no veículo, um caminhão teria provocado o acidente.
Os mortos seriam de Bom Jesus da Lapa, Igaporã e Palmas do Monte Alto. O motorista e o cobrador sobreviveram. O primeiro está internado no Hospital Regional. O segundo foi transferido para Barreiras.
Ainda não se sabe o número de passageiros da van. No entanto, Lima afirma que todos se feriram.
Na próxima segunda-feira (31), Lima será ouvido pela Polícia Civil na Delegacia de Igaporã.

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Especial: Entrevista com Edimar Mateus de Oliveira, pré-candidato a prefeito de Lapa pelo PTC (parte 01)

Para muitos, Edimar Mateus de Oliveira, é visto como “zebra” no cenário político. Para outro tanto, a entrevista no Informe GBJ foi o primeiro grande holofote que recebeu. Hoje, publico a íntegra da conversa com o funcionário público, pré-candidato a prefeito pelo PTC.
Biografia
Edimar Oliveira - Eu moro em Bom Jesus da Lapa há 20 vinte anos, porém, sou natural Teófilo Otoni, Minas Gerais. Conheci a cidade como vendedor de sal mineral na região. Nesse ínterim conheci o projeto Formoso e logo na primeira visita comprei um lote. Morei lá por três anos e depois vim para o bairro Magalhães Neto. Aqui conheci minha esposa, me casei.
Informe GBJ - O que levou a querer entrar para a política?
EO - Primeiro com relação a baixa qualidade de vida na cidade. Estou aqui há 20 anos e pouca coisa foi feita nesse tempo. Ocorreram transformações, mas de forma muito lenta. E como eu constituí família aqui, hoje eu tenho uma filha de 15 anos, a gente fica preocupado com o tipo de cidade que queremos deixar para nossos filhos e netos.
Informe GBJ - E por que você escolheu o PTC?
EO - Primeiro, quero salientar o seguinte: minha intenção era ter domínio sobre o partido, estar na direção de um partido. Partidos maiores tentei me filiar, mas não consegui.
Informe GBJ - Quais partidos?
EO - O PT foi um deles. Tentei duas vezes e eles recusaram, algo, por sinal, inconstitucional. Nessa situação, já que eu queria iniciar uma carreira política achei por bem procurar um partido novo e ser presidente desse partido e ter uma certa independência com nossas ideologias. Nesse ínterim fiz uma consulta e descobri o PTC que estava desativado em Bom Jesus da Lapa. Liguei para a direção estadual e eles me concederam o direito de registrar a comissão provisória aqui e foi isso aí. Juntamos um pessoal amigo que também estava querendo entrar nesse movimento de reforma da cidade e registramos o PTC – Partido Trabalhista Cristão.
Informe GBJ - O PTC realmente tem pretensão de lançar chapa próprio ou esse movimento todo é apenas para chamar a atenção para o partido?
EO - Não, nosso objetivo principal é lançar candidatura. Nós estamos aí anunciando nos quatro cantos da cidade convidando as pessoas a se filiarem. A se tornarem pré-candidatos a prefeito, vice-prefeito e vereador. É um convite estendido a todos. Só que, entre esses pré-candidatos, se a comissão diretora do partido permitir eu pretendo encabeçar a chapa como prefeito.
Informe GBJ - Existem outras pessoas bastante conhecidas que estão no PTC hoje?
EO - Olha, de imediato, não. São pessoas simples que também estão começando na carreira política. Na verdade, é um grupo novo. Nós não temos nenhum vínculo com grupos existentes em Bom Jesus da Lapa hoje. Então, é uma terceira alternativa para Bom Jesus da Lapa. Um grupo totalmente independente.
Informe GBJ - O que acredita que pode fazer que outros ainda não tenham feito?
EO - Primeiro, podemos fazer muito. Fazer muito além do que os políticos passados. Por que nós descobrimos que nossa prefeitura é muito rica. Recebe fortunas e nós percebemos que essas verbas monstruosas, tudo indica, que estão sendo desviadas para interesse próprio. De posse desses conhecimentos, nós fizemos um estudo e chegamos à conclusão de que Bom Jesus da Lapa não carece de verbas públicas. Têm carência de seriedade e honestidade no uso das verbas públicas. Sendo assim, já que o nosso principio como pessoa, como partido nossa ideologia está voltada para a moralidade pública, nós queremos fazer uso dessa moralidade pública para acelerar o desenvolvimento da cidade com recursos próprios.
Informe GBJ - O senhor se sente capacitado para administrar uma cidade como Bom Jesus da Lapa?
EO - Sem dúvida alguma. Primeiro, sou estudante de administração. Segundo, de certa forma estou na área jurídica, trabalho no Juizado Especial Criminal. E também a experiência de vida acumulada ao longo desses anos. Estou iniciando na militância agora, mas de certa forma tenho certa bagagem intelectual, moral, e experiência que pode muito contribuir para o desenvolvimento da cidade.
Informe GBJ - Você disse que é funcionário público.
EO - Sim, sou funcionário do Juizado Especial Criminal de Bom Jesus da Lapa. Sou concursado.
Informe GBJ - Você tem uma carreira como funcionário público e também disse que é novo na política. Se a sua candidatura se efetivar, provavelmente, você irá disputar o pleito com pessoas que já conhecem as ‘manhas’. Você não tem medo de que essa entrada na política lhe prejudique de alguma forma no trabalho ou a sua família?
EO - Não, de forma alguma. Primeiro, por que eu tenho o apoio da família. É muito importante o candidato ter o apoio dentro da família. E, segundo, eu não vejo adversário pela frente insuperável. Eu encaro a política hoje em Bom Jesus da Lapa como muito frágil por que é vazia. As campanhas políticas giram em torno de três coisas básicas: carreata, foguetório e bate-boca. Durante o período eleitoral o que os candidatos fazem? Um fala mal do outro, xinga, mas ninguém apresenta um projeto. Ninguém esclarece a população e dessa forma o eleitor vai para as urnas sem opção. Ele vota por votar por que o candidato A e o candidato B fazem o mesmo estilo. Dessa forma deixa o eleitor confuso e desmotivado para escolher. Quando não tem diferencial entre os candidatos e o eleitor não quer perder o seu voto, já que nenhum dos dois tem um programa documentado, por que para mim promessa tem que ser documentada, passa a escolher o seu candidato pelo número de carros nas carreatas. Então nós queremos mudar esse cenário, esse tipo de fazer campanha em Bom Jesus da Lapa. Nós queremos enriquecer a consciência política do povo através de um projeto bem fundamento com base nas receitas do município, e com relação aos valores monstruosos que a prefeitura municipal recebe. Hoje a prefeitura municipal recebe cerca de 90 milhões de reais por ano. É dinheiro demais. Se você multiplicar isso por quatro, que é o tempo de mandato, são 360 milhões. Então, num município como o nosso, com uma folha de pagamento pequena já que a maioria recebe um salário mínimo, eu diria que nossa cidade poderia se desenvolver muito mais se o dinheiro fosse aplicado de forma honesta.
Informe GBJ - Então você acredita que não terá prejuízos com essa sua entrada na política.
EO - Se formos pensar em risco, na verdade nossa vida é um eterno risco. Mas, numa visão geral, não vejo nenhuma dificuldade.

Continuação da entrevista com Edimar Mateus de Oliveira, pré-candidato pelo PTC (parte 02)

Perguntas dos leitores
Informe GBJ - O problema da segurança pública tem sido umas das maiores preocupações da população. Já tem estudos sobre o que pode fazer para amenizar?
EO - Na minha visão, hoje, como futuro administrador de Bom Jesus da Lapa, é, primeiramente, reurbanizar dois bairros: o Beira-Rio e a Nova Brasília. O problema da segurança pública hoje passa por estes dois bairros. Primeiramente, melhorar a infraestrutura dos bairros, por que estaremos atrás de medidas não paliativas.
Informe GBJ - O que já está pensando sobre as propostas para o esporte e a cultura lapense?
EO - Essa, sem dúvida alguma, é uma preocupação minha. Vejo a cidade com poucas opções de entretenimento, de lazer, de cultura. E no tocante a entretenimento, em razão dessa carência, hoje a população mais jovem é obrigada a frequentar barzinhos e praças. Então, para nós do PTC, a saída é a prefeitura investir pesado na construção de clubes sociais públicos nos bairros de periferia com piscinas e quadras de esporte. A elite que é mais central, já tem o Carranca e a AABB, por que numa cidade quente como a nossa a população mais pobre não tem acesso à piscina. Fora isso, do lazer e do esporte, nós temos a questão da cultura. Então, na minha visão hoje, Bom Jesus da Lapa está plenamente ao alcance de construir um teatro municipal para desenvolver não só a cultura local e revelar os talentos locais, mas também trazer peças teatrais com artistas de reconhecimento estadual e até nacional. Outra coisa importante também, na minha visão, é a construção de um cinema. Um cinema construído pela prefeitura, no centro da cidade, moderno e com ingressos bem acessíveis. Ou seja, subsidiados pela prefeitura.   Com isso eu acho que enriquece, e muito, a cultura local.
Informe GBJ – Quais os projetos para educação?
EO - O nível de ensino de Bom Jesus da Lapa é muito baixo. E já que o ensino passa pelos professores eu acho que já está na hora da prefeitura capacitar melhor os professores. (...) Outra carência muito grande são os cursos preparatórios para os vestibulares. Eu acho que já passou da hora da prefeitura criar um cursinho pré-vestibular para atender essa demanda de jovens de ensino médio em busca de uma vaga na faculdade.
Informe GBJ – A respeito das discussões sobre o novo plano de carreira do município, você já tem conhecimento? Qual a sua opinião sobre a forma como estão sendo conduzidas as negociações?
EO - Como servidor público, mais do que nunca, eu aprovo esse movimento em prol do novo plano de carreira. Principalmente, com relação à educação por que são monstruosas as verbas. Só para se ter uma ideia, ano passado veio mais de R$22 milhões para a secretaria de educação. Então não justifica pagar salário mínimo, praticamente. Os professores correm atrás do piso nacional dos professores. Eu acho mais do que justo. Eles (os administradores) estão cometendo uma ilegalidade muito grande em não conceder aos professores esse piso salarial. Como futuro pré-candidato eu vejo esse movimento muito salutar e por sinal como uma questão de justiça, algo de direito dessas pessoas. Então, em meu ponto de vista, já passou da hora de ter um plano de carreira não só para os professores, mas para todos os servidores. Tenho acompanhado de fora (as discussões). Mas aí é briga de patrão e empregado. Logicamente que cada um tem seus interesses e toda transformação é dolorosa. Se o prefeito não quis abrir o diálogo, logicamente que o movimento grevista, esse movimento de pressão da categoria, viu a salvação para seus problemas nada mais justo do que essa classe lutar por seus direitos.
Informe GBJ - O problema de infraestrutura da cidade para receber todos os anos os milhares de visitantes é histórico. Há algum projeto para a melhora desse problema?
EO - Sem dúvida alguma. Nossa cidade é tradicionalmente católica; surgiu com o turismo religioso e ao longo desses anos o turismo religioso vem sendo uma fonte muito grande de riquezas para o município. E o que a gente percebe é que a prefeitura não dá a devida atenção, o devido assessoramento, não contribui para a expansão do turismo religioso. O PTC vê, basicamente, quatro alternativas para aumentar o turismo religioso: primeiro melhorando o fluxo do transito, tanto de carros quanto de pedestres. Como poderia ser feito isso? Buscando alternativas para redesenhar o trânsito na cidade. Uma das alternativas seria a construção do novo cais com uma nova avenida larga e asfaltada saindo da esplanada da gruta até o bairro Magalhães Neto. Então o pessoal que vem do Magalhães Neto já não usaria mais a rua Santa Luzia para chegar  até o centro. Em alguns becos da cidade já passou da hora de indenizar e ‘enlarguecer’ esses becos. O que contribui muito para o fluxo. (...) Está na hora da prefeitura ver essa questão com muita seriedade por que dependemos, e muito, da riqueza gerada pelo turismo religioso. Outro detalhe para incentivar o turismo é criar novas atrações. Uma das atrações seria a possibilidade de construir um teleférico ligando o morro da gruta ao ‘pé’ do Cais. Ou seja, a possibilidade de fazer um passeio aqueles que não têm mais condições de subir o morro. Além disso, a questão também da segurança. Hoje o turista se sente inseguro em Bom Jesus da Lapa. Então cabe, na minha visão, a criação até de uma guarda municipal. A nível de policia militar, policia civil nós temos um quadro muito deficiente e a prefeitura criar a guarda municipal para complementar, dar mais suporte ao turismo. Acho que é uma medida muito salutar. Segurança, melhorar infraestrutura e criar novas atrações.
Informe GBJ – Pode fazer suas considerações finais. Acrescentar algo que seja importante.
EO - Eu quero informar o diferencial do PTC. Estamos alertando sobre esses 20 anos de atraso (em relação à Guanambi) mostrando à população que tem a saída para esses problemas e a saída é o uso sério e honesto do uso das verbas públicas.
Informe GBJ - O que te levou a chegar à conclusão dos 20 anos de atraso?
EO - Na verdade nossa cidade tem um potencial econômico bem maior do que Guanambi. Isso é inquestionável. Nossa cidade recebe mais de um milhão de turistas, é banhada por um dos maiores rios do Brasil que é o São Francisco, e temos o projeto Formoso que joga R$70 milhões no comércio razões ‘pela qual’ não justifica tanto atraso. Ou seja, não justifica para uma cidade com um potencial tão grande tanto atraso. Já dissemos que o problema desse atraso não é por falta de verbas públicas e muito menos pelo potencial econômico do município. Está na hora da gente explorar melhor esse potencial e também tratar com mais seriedade a administração pública de. Ou fazemos isso ou nossa cidade vai acumular não 20, mas 50 anos de atraso.

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

EBDA CAPACITA TÉCNICOS DO PLANO BRASIL SEM MISÉRIA PARA USO DE GPS

Os engenheiros e técnicos da Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola S.A. (EBDA) receberam, na última quinta e sexta-feira (20 e 21), um curso de capacitação para utilização do Sistema Global Positioning System (GPS). O evento foi realizado em duas etapas, uma teórica no auditório do Colégio São Vicente, e outra prática, no recém-inaugurado Parque São Gotardo, em Bom Jesus da Lapa. Na sexta-feira, eles foram treinados para utilização do software GPS Trackmaker.
A EBDA, vinculada à Secretaria da Agricultura, Irrigação e Reforma Agrária (Seagri), realizou o curso com objetivo de capacitar os 26 extensionistas, que atuam no Plano Brasil Sem Miséria (parceria entre os Governos Federal, Estadual e Municipal), para uso adequado do receptor de sinais GPS em projetos da agricultura familiar.
O engenheiro agrônomo da EBDA, Ivo Souza, diz que é importante preparar os técnicos para trabalhar com georreferenciamento, utilizando o GPS, na assistência técnica. “Esta tecnologia irá auxiliar na localização da unidade familiar e produtiva, além de alimentar um banco de dados sobre as respectivas famílias,” explica Souza.
GPS
O Sistema Global Positioning System (GPS) trata-se de uma tecnologia que foi utilizada pela primeira vez na década de 90 na Guerra do Golfo. É um aparelho que recebe sinais enviados via satélite que permite a localização do ponto que se deseja buscar. Inicialmente utilizado com objetivos militares, hoje tem várias utilizações, principalmente visando à economia em tempo e custos financeiros da assistência técnica e extensão rural.
“No trabalho do extensionista rural deve-se fazer uso do georeferenciamento para que as entidades que fiscalizam possam supervisionar o trabalho através de softwares específicos,” afirma a engenheira agrônoma da EBDA, Judith Nazareth Resende.

Fonte: Assimp/ EBDA

Entrevista com Hildebrando Ferreira, pré-candidato à prefeito pelo PT (parte 01)

Depois de alguns dias, o Informe GBJ publica a íntegra da entrevista com Hildebrando Ferreira, vice-prefeito e atual secretário municipal de obras, que almeja representar a situação no pleito de 2012, encabeçando a chapa do PT.
Biografia
Hildebrando Ferreira - Eu nasci num município chamado Condeúba, só que era um povoado do município chamado Guajerú. Eu nasci e me criei no campo até meus 15,16 anos. A partir daí eu vou estudar nas escolas-familia, viro monitor. Das escola-família eu vou para Paulo Afonso, onde trabalho lá com a Pastoral  Rural, de lá eu venho para cá e trabalho na Pastoral da Terra, que chama aqui CPT. E aqui eu participo da fundação da ASA – Articulação do Semi-Árido. (...) Eu filiei ao em 1987, 24 anos atrás, por que o PT tem a mesma construção dos projetos populares. Eu moro aqui desde 99. Me casei e tenho três filhos que nasceram aqui.
Informe GBJ - O que levou a querer entrar para a política?
HF - Eu recebi convite para entrar na política desde os 19 anos e eu sempre dizia “não estou preparado. Eu só vou entrar na política depois dos 30 quando eu tiver vivido o suficiente, aprendido o suficiente, mas um dia eu vou assumir”. (...) Por que a política é muito séria. Eu acho que ser honesto com dinheiro do povo é o mínimo, mas eu topo com muita alegria.
Informe GBJ - O que acredita que pode fazer que outros ainda não tenham feito?
HF - Eu tenho certeza de uma coisa: hoje eu tenho experiência acumulada que outros não têm. Não é que eles não possam adquiri, se eu adquiri os outros também podem. Mas, no momento eu tenho.  A outra coisa é a afinidade política. Eu sou do PT há 24 anos, nós temos um governador do PT que tem o mesmo tempo de partido ou até mais que eu. Eu tenho acesso a todos os órgãos do governo estadual e federal. E em todos os órgãos do governo estadual e federal eu tenho alguém lá dentro que me ajuda a tirar os projetos de lá. Então, eu tenho certeza de que posso fazer um bom trabalho para Bom Jesus da Lapa e resolver todos os projetos que aparecerem por lá. Não tenho dúvida disso. Tenho mobilização política, força política e, no momento, experiência acumulada.  E não é o caso de outros que são de outros partidos.
Informe GBJ - O senhor se sente capacitado para administrar uma cidade como Bom Jesus da Lapa?
HF - Plenamente capacitado. Eu não vou dizer que sei tudo por que a cada dia a gente aprende uma coisa nova. Mas eu estou preparado a nível da experiência política, a nível da força política organizada, tanto aqui quanto lá em Salvador e Brasília, disso eu não tenho dúvida. E a nível de outras certezas que a gente precisa ter. Trabalhar com dinheiro não é fácil. A gente sabe que o dinheiro corrompe as pessoas. E aqui topo o desafio com toda a tranqüilidade. Inclusive, gostaria que Bom Jesus da Lapa pudesse ver uma gestão que prestasse contas, que chamasse o povo ou não praça ou na prefeitura e mostrasse as contas, onde ele aplicou (o dinheiro), quanto aplicou, com toda a transparência possível. Chamando a população para participar do orçamento, isso é prática nossa do PT que eu gostaria de fazer. E eu acho que nós vamos conseguir fazer por que as coisas caminham nessa direção.
Informe GBJ - Quais alianças estaria disposto a fazer?
HF - Sempre tivemos alianças PT, PCdoB, PSB, todos partidos de esquerda com tradição. Mas nós, nos últimos anos, nós fizemos alianças muito amplas e a gente costuma dizer que apoio não se dispensa. Além disso, nós temos um acordo com o PMDB. Nas eleições passadas nós fizemos um acordo que em 2008 eu seria vice e em 2012 eles receberiam o vice do PMDB. Esse acordo foi feito e ninguém disse não. Nem o prefeito do PMDB (Roberto Maia) disse não, nem eu disse não. Então, se ninguém disse ‘não’ o acordo está mantido.

Informe GBJ - Já que você tocou nesse assunto de ser o candidato da situação, aproveito para perguntar. Pesquisas apontam que, inclusive no site Bahia Notícias fala sobre, Eures Ribeiro teria 62% das intenções de votos caso as eleições fossem hoje. Como você acredita que pode reverter essa situação?
HF - O deputado nunca parou a sua campanha. Eu e outros pré-candidatos não fizemos campanha até agora. Nós estamos simplesmente trabalhando. Que eu acho que é a forma correta. Não é momento de fazer campanha, é momento de trabalhar. E, por exemplo, nas eleições passadas quando achavam que Dilma não ia a lugar nenhum com 10% (nas primeiras pesquisas) e Serra com quase 50% tem gente que achava que a eleição já estava definida. Não era verdade. Fomos em frente e Dilma hoje é presidente da República. Eu acredito que no momento em que for para as ruas, que mostrar as propostas e colocar o que temos feito e o que vamos fazer acho que o jogo vira, eu não tenho dúvida. Eu sinto que a sociedade espera que tenha um candidato do PT para a gente alinhar Governo Federal, Governo do Estado e facilitar, criar um caminho direto. E ainda tem pessoas que têm dúvidas de que eu sou candidato. Pessoas me perguntam: “Você é candidato?”. Isso por que eu não saí por aí falando. Estamos trabalhando com ética e coerência. Não é momento de antecipar as campanhas e nós precisamos é trabalhar. Eu sou o candidato da situação. As pessoas esperam da gente (dele e do prefeito Roberto Maia) serviço. É o que estamos cuidando agora.
Informe GBJ - Você disse que a aliança PT - PMDB está mantida. Mas, caso essa aliança fosse desfeita você continuaria a ser o candidato do PT?
HF - Com certeza! A minha pré-candidatura no PT independe de outros partidos. Apesar de que eu digo sempre que candidatura não se impõe, a gente constrói ou conquista. Na democracia não se impõe nada. É que diante do acordo que a gente fez nesses últimos seis anos, o sinal que a sociedade dá e o projeto que Partido dos Trabalhadores tem para Bom Jesus da Lapa é uma candidatura petista. Têm outras pessoas, mas o meu nome tem se destacado. Agradeço e reconheço e fico com a responsabilidade de cuidar disso. E vamos estar cuidando independente do que aconteça com outros partidos que tem seus candidatos e reconhecemos. Mas, diante da condição que a gente tem, em 2012 é candidatura para prefeito para ganhar a eleição.
Informe GBJ – Essa pergunta foi sugerida por um leitor do Informe GBJ. Em 2004, o senhor foi candidato a prefeito pelo PT, disputando o pleito com Roberto Maia. O que mudou entre 2004 e 2008 que o fez coligar-se aos Maia e sair como vice?
HF - Boa pergunta (risos). Em 2004, eu fui candidato à prefeito; Roberto foi candidato; Ricardo Ferraz e Riolando Barbosa também. Fomos quatro candidatos. Na próxima eleição (2012) me parece que teremos mais de quatro candidatos, o que eu acho muito bom. O que acontece: entre 2004 e 2008 aconteceu uma eleição de governo e nessa eleição o prefeito de Lapa, que era Roberto, veio a apoiar Jacques Wagner. E ao apoiar Jacques Wagner ele, inclusive, sai do PSDB, que é um partido que a gente (PT) não tem acordo. A gente não tem acordo nem com o PSDB nem com o DEM. É importante ficar claro isso. Se Roberto Maia continuasse no PSDB não tinha conversa. Ele e Arthur (Maia) saíram do PSDB e foram para o PMDB que era vice de Wagner. Quem recebe apoio precisa dar apoio. Se eles apoiaram (Wagner) eu tinha obrigação de apoiá-los. Nós fizemos a composição de que em 2008 eu seria vice para em 2012 eles indicarem. Nasceu aí o acordo.

Continuação da entrevista com Hildebrando Ferreira (parte 02)

Perguntas dos leitores
Veja a resposta sobre os diversos temas sugeridos pelos leitores do Informe GBJ, através de uma rede social.
Informe GBJ - O problema da segurança pública tem sido umas das maiores preocupações da população. Já tem estudos sobre o que pode fazer para amenizar?
HF - É preciso estabelecer parcerias entre polícia militar, polícia civil e polícia federal num sistema de inteligência, para que a polícia chegue nas informações com a maior precisão possível. Para gente resolver o problema, ou pelo menos, amenizar os índices de violência. Além de aumentar o efetivo de policial, aumentar a estrutura com carros, armas não é o meu estilo. E o que na verdade eu gostaria de investir muito na educação e na assistência social.
Informe GBJ - O que já está pensando sobre as propostas para o esporte e a cultura lapense?
HF - O esporte, talvez muita gente não saiba, mas eu já venho há algum tempo  tentando, por que eu acredito muito no esporte. Não só como um meio para trazer o jovem para a interação, mas até econômica. E em 2005 nós conseguimos que a Lapa Taekwondo, do nosso diretor professor Valdemir, fosse até o ministro do esporte. Eu sei que o projeto quando conseguiu renovar, se eu não me engano, o primeiro projeto foi R$12 mil, o segundo foi R$30 mil, depois foi R$60 mil, o último projeto que ele estaria conseguindo em Brasília seria de 283 mil reais só para a academia dele. Nós temos muito dinheiro para o esporte e um interesse muito grande. E o esporte não é só futebol. É compreender que o esporte é muita coisa. Inclusive usar essas lagoas nossas que poderiam ter competições aquáticas. O que nós podemos fazer no esporte é muito amplo. O que falta, na minha visão, é projeto e pessoas capacitadas. E tenho certeza que é possível. Temos pessoas dentro do ministério do esporte que têm todo o interesse em nos ajudar e na secretaria estadual. A nível da cultura, nós sabemos que temos uma cultura muito rica. Desde esses poetas, artistas, com música de novela, temos aí Zeca Bahia e outros, mas eu não falo só disso. Nós temos chula, roda de São Gonçalo, samba, isso só os que eu conheço. Nós temos quilombos, terreiros. E tudo isso não é trazido. Nós podíamos ter uma semana da cultura em que tudo isso pudesse aparecer. A imagem do carnaval chegou forte aqui e agora nós vamos ter que trabalhar, gradativamente, mas eu me comprometo. Eu já saí daqui para ir ao Bandeira para acompanhar uma roda de São Gonçalo, um samba e os ‘cara cantar’ uma chula porque eu acho isso enriquecedor para mim. Eu acho que isso é bom para nós. Por que não incentivar nossos artistas? (...) Nós não temos um grande teatro municipal e a gente precisava ter. E eu sei que o Ministério da Cultura e a Petrobrás têm dinheiro para fazer isso. E eu gostaria de ver um grande teatro municipal aqui na Lapa. Para colocar três mil pessoas sentadas. Eu queria uma coisa de qualidade. (...)
Informe GBJ – Quais os projetos para a educação?
HF - Para mim, além da mudança no estilo da aula, o professor tem que ganhar, não tenha dúvida disso. A aula deve ser dada com mais recursos tecnológicos, além disso tudo, nós precisamos ter um ensino em que a pessoa perceba a aplicação prática do  conhecimento.
Informe GBJ - A respeito das discussões sobre o novo plano de carreira do município, você já tem conhecimento? Qual a sua opinião sobre a forma como estão sendo conduzidas as negociações?
HF - Eu não tenho todas as informações. Eu participei de alguma coisa. Até onde eu participei, eu vejo que está sendo feito com muita responsabilidade. Por que a empresa contratada é a melhor do Brasil. É referência para outros países, o Instituto Brasileiro de Administração Municipal , o IBAM. São pessoas muito preparadas. Mas aí você pergunta: poderia ter mais participação? Poderia. Eu não sei qual foi a avaliação do instituto, por que eu senti muita experiência neles, sobre a participação das pessoas. No começo de janeiro, quando eu estava na prefeitura, eles vieram e a primeira coisa que eu fiz com eles foi uma reunião com os vereadores.  (...) Não é uma coisa do prefeito é do município. Uma coisa que interessa a todos. E a segunda coisa foi uma reunião com o sindicato. (...) eu percebi até onde fui, que sempre há uma expectativa financeira maior do que o que a gente realmente tem. Ou seja, sempre quer ganhar. É normal. Mas deu para perceber, até onde eu vi, que tem uma progressividade importante. As pessoas, com o passar do tempo, melhoram, se estruturam. É animador apesar de num primeiro momento não aparecer no contra-cheque o que ele está esperando. Não dá para dar o aumento que a gente gostaria de receber. Eu sinto que o sindicato está firme, a secretaria tem representante dos trabalhadores. Eu não tenho uma avaliação completa, mas até onde eu  vi não tenho muito o que discordar.
Informe GBJ - O problema de infraestrutura da cidade para receber todos os anos os milhares de visitantes é histórico. Há algum projeto para a melhora desse problema?
HF - Nós já percebemos que isso extrapola o nosso poder. Isso nós temos que fazer em consonância com os governos estadual e federal.  Já sentamos com o Santuário, que é uma organização forte e não apenas a interessada, é a originária, começou com Santuário. E eles já têm clareza que a gente só não dá conta. Mas já sabemos que o governo estadual e federal vai ajudar, tanto é que o governador veio aqui. Eu tinha ido lá (em Salvador), conversado, pedi audiência, padre Roque mandou comunicado, e ele (o governador) falou “eu vou aí”. Para sinalizar que ele tinha interesse em dar atenção especial ele veio cá por que é muito amplo. É desde o estacionamento ao banheiro público, à rua. Tem rua em que não passam dois ônibus. Ou melhor, tem rua que não passa um ônibus mais os camelôs. Numa cidade que cresce e que a tendência é aumentar o número de turistas é impraticável. Nós temos que repensar ela toda. Repensar em anéis de circulação. Tem de haver uma forma de o romeiro deixar o local. (...) O embelezamento da cidade. Nossa cidade precisa respirar o morro do Bom Jesus. (...) Não é por que eu sou católico, é por que a cidade começou pelo morro e isso não pode ser negado. Então tem que ter um processo de embelezamento da cidade e isso tem que ser contemplado e junto com o rio São Francisco que é outra bênção. Mas o investimento é muito grande. Você não resolve isso de uma vez, mas gostaria de estar na prefeitura para dar o ponto de partida. O projeto já está pronto e nós estamos conversando sobre isso.
Informe GBJ - Então poderíamos dizer que o seu projeto de governo é uma continuação do governo de Roberto Maia?
HF - Em muita coisa parecida. Uma pessoa do ministério disse que todos os projetos de Bom Jesus da Lapa que chegam são aprovados. Como é que não continua isso? Então, a elaboração dos projetos com toda a qualidade que já existe. Nós chegamos aqui há um tempo atrás e o Rio das Rãs perdeu uma escola para Sítio do Mato por que a prefeitura não tinha documentação regular. Eu estava presente. Era o exército que vinha fazer, não teria nenhuma despesa. Mas a prefeitura não estava com nenhum documento regular. Então, manter tudo regular e partir para o aperfeiçoamento. Eu acho que é como o plano de Roberto: tem que ter uma praça, tem que ter uma creche, tem que ter um posto de saúde, tem que ter uma quadra. Todo bairro deve ter os seus instrumentos básicos. A cidade toda tem que estar asfaltada, toda saneada. A preocupação nossa com a moradia, nós temos que chegar ao ponto de que toda pessoa tenha sua casa.
Informe GBJ - Você disse que sua gestão seria um aperfeiçoamento do atual prefeito. Mas, o que você faria de diferente?
HF - O PT tem marcas, como eu estava dizendo no começo, participação popular no controle social e transparência. Não estou dizendo que Roberto não faz isso. Estou falando no que o PT projeta. A primeira coisa que a gente investe numa gestão petista é a participação popular e transparência nas contas públicas. Por que é responsabilidade. Não se tem confiança naquilo que você não participa e não está entendendo. E eu sempre trabalhei com muita confiança. Eu não disse isso, mas quando eu cheguei aqui, contratado pela diocese, eu tinha uma procuração para administrar dinheiro. E quando eu saí para a política ele (o bispo) não queria que eu saísse. E isso é confiança.  Eu quero estar na prefeitura por confiança. Quero que as pessoas participem e vejam as contas. ‘Olha o prefeito realmente não está roubando’, por que às vezes a gente não está roubando, mas a pessoa pensa que está. (risos). Então, Gisele, primeiro a sociedade precisa participar do governo e precisa ver o dinheiro do governo. Fora isso, as pessoas mais pobres. São elas que precisam mais de água, comida, moradia, trabalho, escola, saúde... Realmente começa por aí.
Informe GBJ – Pode fazer suas considerações finais. Acrescentar algo que seja importante.
HF - Nós não podemos apenas esperar que outros façam. Nós precisamos chegar e dar a mão e dizer “eu também quero ajudar a construir” por que o mundo não será melhor por que os outros quiseram, será melhor se eu também fizer. 

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Especial: entrevista com o pré-candidato à prefeito de Lapa Eures Ribeiro (parte 01)

Dando continuidade às entrevistas com os pré-candidatos à prefeito de Lapa, publico a íntegra do bate-papo com o deputado estadual pelo PV, Eures Ribeiro.
Biografia
Eures Ribeiro - Eu venho de família muito simples daqui mesmo de Bom Jesus da Lapa e, diferente de muitas pessoas que ocupam os cargos públicos na Lapa, eu mesmo forjei a minha vida política. (sic) Comecei no movimento estudantil, fui presidente da Unel – União dos Estudantes. Me projetei para a Câmara Municipal de vereadores. Na primeira eleição fiquei na suplência. Fui estudar em São Paulo nesse período, quase sou formado em Bacharel em Direito. Eu retornei para a Lapa e me candidatei a vereador e tive dois mandatos, onde me elegi presidente da Câmara. (sic) Eu disputei a prefeitura numa eleição muito difícil, apertada, onde menos de 3% foi a diferença e o que me credenciou para as eleições seguintes, de deputado, onde estou agora.
Informe GBJ - O que levou a querer entrar para a política?
ER - Eu militava em grupo de jovens e na Pastoral da Juventude. E, automaticamente, quando você milita nesses grupos de base, você vai se politizando. (sic) E essa base da Igreja Católica, no grupo de militância, me possibilitou entrar no movimento estudantil. E do movimento estudantil foi um ‘pulo’ para a vida política.
Informe GBJ – O que pode fazer que outros ainda não fizeram?
ER - A Lapa está sendo administrada por um administrador de empresas, formado, empresário. O que não é nenhuma novidade mais, um administrador de empresa e um empresário, que todo mundo acha que é o modelo de gestor, administrar uma cidade. ‘Por ser um administrador, vai fazer uma grande gestão.’ Está provado que nada disso é verdade, por que a cidade está entregue. O que a Lapa precisa é de um humanista que administre a cidade com o coração voltado para as pessoas mais carentes da cidade. A Lapa tem uma população muito pobre. Na minha casa tem sempre alguém que bate na porta e a gente sempre está atendendo. Hoje os maiores problemas de Bom Jesus da Lapa ‘está’ na periferia. Nós temos que ter um prefeito voltado para a gestão administrativa, mas que também olhe para o dia a dia das pessoas.  Que cuide do povo. Acho que é esse o perfil do prefeito que a cidade precisa. Já testou um administrador, um gestor e viu que não serviu. Eu acho que é agora é um humanista, um prefeito que cuide da vida das pessoas. Que administre, que governe, mas que pense na vida das pessoas mais pobres que precisam do atendimento do poder público. Quem precisa da prefeitura é o pobre. É essa gestão que eu quero fazer na Lapa.
Informe GBJ – O senhor se sente plenamente capacitado para administrar uma cidade como Bom Jesus da Lapa?
ER - Eu me sinto muito capaz para governar, sim. E estou muito preocupado em fazer uma aliança política que me permita isso por que é na ‘costura’ política agora que você tem a noção se o prefeito vai  governar bem ou não. Se você faz um amarramento político ruim, com pessoas tendenciosas que não querem o bem da Lapa, que só querem o seu enriquecimento próprio, se você faz esse tipo de aliança, você fica comprometido na governabilidade. E eu estou muito preocupado em fazer uma aliança que realmente gera a governalibidade com responsabilidade. E fazer um compromisso com as pessoas que tenham projeto, as pessoas que querem o futuro da Lapa, e todas as alianças que estou fazendo ‘é’ nesse sentido de pessoas comprometidas com o futuro da Lapa. O poder tem que ser divido com o grupo político, mas com respeito e responsabilidade.  Com pessoas capacitadas e comprometidas com a cidade. Eu não vou fazer alianças políticas só comprometidas em vender para a prefeitura ou em ganhar em cima da prefeitura. Isso jamais. E eu crei que isso que  vá dar boa governabilidade na próxima gestão.
Informe GBJ - Quais alianças estaria disposto a fazer?
ER - E eu estou muito preocupado em fazer uma aliança que realmente gera a governalibidade com responsabilidade. Nós temos hoje 16 partidos que estão conosco. Nós vamos fazer uma frente que jamais ninguém fez na história política da Lapa. Nós estamos conseguindo unir partidos do centro, da esquerda e da direita. E muitos deles da base do governador Jacques Wagner.
Informe GBJ – É um tipo de aliança que aconteceu na eleição passada?
ER - Na eleição passada perdi a eleição e eu acho que não estava preparado naquele momento para governar a cidade por que eu pequei nas alianças. Se a gente tivesse ganhado a eleição, a gente teria uma dificuldade imensa para governar. Nesta, não. Eu estou mais centrado em fazer alianças que me permita governar com responsabilidade e com mais um compromisso. Eu não posso errar. Eu tenho que fazer uma grande gestão em Bom Jesus da Lapa. Já tenho experiência de estar em Salvador, ser deputado, de ver o dia a dia das grandes gestões. A gente está fazendo vários cursos, de modernização da máquina pública e mudando muito a visão de governar o município. E a Lapa tem que ter uma gestão inovadora. Nós não estamos mais falando de uma cidade pequena do interior. Nós estamos falando de uma cidade de quase 80 mil habitantes. Uma das maiores cidades do interior da Bahia. A maior produtora de banana do norte e nordeste e a terceira maior romaria do Brasil. Ninguém vai governar a Lapa se nção levar em conta a romaria do Bom Jesus e o Projeto Formoso, que é um potencial incrível para a geração de emprego e renda, e isso tem que ser aquecido no programa de  governo. Nós queremos colocar um plano de governo nesse sentido com pessoas comprometidas com a cidade. Eu abri um diálogo e com minhas alianças políticas só estou discutindo a cidade. Por que é muito ruim quando você vai discutir secretárias, eu não estou discutindo isso. Quando tocam no assunto, eu mudo o foco. Tem que fazer alianças, dividir a governabilidade, que você tem que dividir com os grupos políticos, como projeto de governo, e com pessoas capacitadas. Imagina colocar um secretário por que você fez um acordo político e o cara não entende nada da pasta. E essa minha ida para Salvador me fez ficar ainda mais preparado para fazer uma gestão inovadora em Bom Jesus da Lapa.
Informe GBJ - Então essa pode ser a principal lição que você tirou das últimas eleições municipais?
ER - Sem sombra de dúvida foi a minha principal lição. Você tem que fazer um bloco de patamar político agora com pessoas comprometidas com a cidade. Têm vários partidos que são comprometidos com a cidade. Tive um diálogo com o PRB, que é um partido evangélico e está crescendo, e me ‘assombrei’ com as ideias do partido, que batiam exatamente comigo. Ninguém me pediu cargo, emprego na prefeitura caso a gente vier a ganhar. Elas só estavam preocupadas em discutir a cidade, o projeto. É isso que nós vamos fazer com todos os partidos. Com oPCdoB que também está preocupado com isso.  Com o PTN, o PTB, com os 16 partidos que integram o nosso bloco. É preciso uma aliança madura colocando à frente os interesses da cidade, acima dos interesses pessoais e políticos.
Informe GBJ - Ainda falando sobre as últimas eleições, uma terceira corrente surgiu formada por pessoas que foram apoiadores da sua candidatura em 2008, alegando que se sentiram decepcionados com você após a eleição. O que você tem a dizer sobre isso?
ER - Você só se decepciona com quem chega ao poder. Eu não cheguei ao poder. Não tem por que alguém dizer que está decepcionado comigo por que eu não ganhei. Eu não fui prefeito. Eu não sou gestor. Essas pessoas falam como se eu tivesse administrado a Lapa, tivesse decepcionado o município de Bom Jesus da Lapa, e se sentiram magoadas por que eu fui um péssimo gestor. Eu não cheguei na prefeitura. Ninguém pode dizer por que eu não fui testado. Como você pode dizer que a pessoa é ruim, um mal gestor, um irresponsável se ele não governou? A única experiência administrativa que tive foi a presidência da Câmara e  que foi um sucesso. Todo mundo vai dizer, se você abrir a boca em Lapa, que eu fui o melhor presidente da Câmara de toda história política de Bom Jesus da Lapa. Eu tirei a Câmara do aluguel. Eu modernizei o poder. Eu já fui testado como presidente de Câmara que também é um órgão gestor, mas como prefeito não. As pessoas podem ter se decepcionado comigo com o projeto pessoal delas de poder. (...) Embora eu não tenha mágoa dessas pessoas, eles seguem seus caminho normalmente. Eu não sou pessoa de guardar rancor de ninguém. Se eles acham que o melhor caminho é esse, desejo sorte e que sigam o caminho deles. Mas no meu projeto político eles não se enquadram. Enquadra comigo que pensa na cidade e pensa no sucesso da cidade e não quem pensa em si próprio.

Continuação da entrevista com Eures Ribeiro, pré-candidato à prefeito de Lapa (parte final)

Perguntas dos leitores – Assim como Romeu Thessing e Moisés Barbosa, Eures Ribeiro também respondeu as perguntas feitas pela sugestão dos leitores do Informe GBJ.
Informe GBJ - O problema da segurança pública tem sido umas das maiores preocupações da população. Já tem estudos sobre o que pode fazer para amenizar?
ER - Me elegendo prefeito, vou criar uma secretaria, denominada secretaria municipal de segurança pública aonde toda a segurança, o elo tratado entre o governo do Estado e o município, seja estabelecida com essa secretaria. E estabelecer uma parceria com o governador do Estado para que a segurança venha melhorar no município de Bom Jesus da Lapa.
Informe GBJ - O que já se está pensando sobre as propostas para o esporte e a cultura lapense?
ER - Por que o esporte e a cultura hoje ainda ‘é’ tratado na secretaria de turismo. Desde a época em que eu era vereador que eu defendia a separação do turismo da cultura. Como a nossa cidade é turística, a secretaria de turismo vai se preocupar com o turismo. Tem que se criar uma pasta separada para a questão do esporte a da cultura, tem que se tirar do turismo por que todo secretário de turismo vai enfocar a questão do turismo e esquecer do esporte e da cultura. Então, o grande projeto para o esporte é você criar a pasta própria do esporte e da cultura onde uma pessoa capacitada para poder promover no nosso município. Paratinga, um município menor que o nosso, acabou de ganhar a Copa Oeste, enquanto Bom Jesus da Lapa  ficou para trás. Para ir a Santa Maria para um jogo teve que fazer ‘vaquinha’ por que nem o ônibus o poder público cedeu. Então é um investimento muito fraco no esporte e você criando a secretaria no orçamento você destina verba própria para esta pasta e eu creio que com isso nós vamos fortalecer a questão do esporte, aqui em Bom Jesus da Lapa.
Informe GBJ - Quais os projetos para educação?
ER - A Lapa hoje tem um dos piores índices do IDEB da Bahia, o índice de aprendizado é muito pequeno e um grande fator para isso é o péssimo salário que o profissional de educação recebe em Bom Jesus da Lapa. E nós temos que avançar. Se a gente fizer o plano de carreira e democratizar o ensino nós vamos estar dando um passo enorme na educação de Bom Jesus da Lapa.
Informe GBJ – Sobre o novo estatuto e o plano de carreira dos servidores?
ER - Está aí uma discussão tremenda feita na Câmara. O plano que estão fazendo está regredindo nos direitos do servidor, não está passando nem o que está no estatuto para o plano. As pessoas estão perdendo direitos. E creio que a gente vai ter que fazer novamente uma grande discussão com os professores, uma vez que a única fonte de recursos que vem direto é destinada à educação. 60% do investimento do Fundeb deve ser para pagar professor. Enntão, o prefeito deve estar comprometido com os 60% dentro do enquadramento dos salários. Tem como melhorar muito e avançar muito no salário do professor. Nós vamos ter que sentar de novo com os professores no início da nossa gestão, se a população da Lapa o desejar, para rediscutir o plano de carreira para respeito aos seguimentos da cidade e que possa avançar mais ainda na carreira do servidor público.
Informe GBJ - O problema de infraestrutura da cidade para receber todos os anos os milhares de visitantes é histórico. Há algum projeto para a melhora desse problema?
ER - Para mudar a infraestrutura, o poder público local pode muito pouco. O prefeito pode estar organizando as vias, o que mesmo faz mas que não muda nada. Tem que ser um projeto inovador. O santuário fez um projeto e pagou do seu próprio bolso. Esse projeto está no ministério das cidades e o prefeito tem que ser ousado em buscar junto com a diocese e os governantes a liberação desse projeto. É um projeto que muda a rota de entrada da cidade; muda a estrutura física; muda a estrutura paisagística. É um projeto inovador e caro e a prefeitura não tem como fazer. Não adianta nenhum candidato dizer que vai ter capacidade de fazer esse projeto que não tem. É um projeto que envolve 15, 20 milhões (de reais) e que precisa da ajuda do Governo Federal. Como Bom Jesus da Lapa é a terceira romaria do Brasil e tem nisso aí um chamamento muito forte dos governantes, não acho difícil o prefeito junto com o santuário e a diocese lutarem nessa direção. Eu mesmo, como deputado, já cheguei a levar o ministro das cidades no santuário quando esteve aqui conversando com o padre Roque. Estou acompanhando, dando a minha contribuição como deputado, mas, creio que, como prefeito, esse projeto possa vir a se concretizar ou até antes disso. A questão da infraestrutura passa pelo ministério das cidades. O ministro Mário Negromonte é nosso amigo. Seu filho Mário Negromonte Júnior é meu colega. Já temos feito alguma interferência e eu acredito que esse projeto possa mudar a romaria.
Informe GBJ - O site Bahia Notícias publicou uma matéria com presidente estadual do PV, dizendo que o senhor hoje teria 62% das intenções de voto em Bom Jesus da Lapa e que ele já dava como certa a sua candidatura e possivelmente a sua eleição. Você acredita que exista algum candidato ou coligação que possa mudar esse patamar?
ER - Veja bem, não existe campanha ganha. Nós temos um caminho enorme para percorrer. E eu sou muito humilde. Não existe campanha ganha. Nós vamos lutar para vencermos as eleições. Dizer que eu não sou favorito é uma mentira muito grande. Eu sou deputado, concorri nas últimas eleições, tive mais votos do que o meu opositor. Tive uma grande votação em Bom Jesua da Lapa para prefeito embora a campanha ‘é’ disputada. Não existe campanha vencida. Ela só termina quando a última urna é apurada. Eu não sou vaidoso, tenho os pés no chão. Nós vamos lutar fazer uma aliança muito grande e eu sou otimista. Creio que vamos fazer uma aliança que vai favorecer muito mais qualquer número de resultado eleitoral. O governador Jacques Wagner se comprometeu a estar no nosso palanque e isso vai pesar muito. Você vai ver o governador do Estado, que é quem pode ajudar o PV a fazer uma grande gestão, e essa confirmação vai nos fazer fortalecer ainda mais. Por que você sabe que terá provavelmente uma candidatura do PT aqui. Se tem uma candidatura do PT e eu trago o governador no meu palanque, se eu tenho 62% eu vou para 80(%). Eu só tenho fatos ocasionais que vão me fazer crescer na política. Então, eu creio que tenho os pés no chão, estamos buscando alianças de forma responsável. Mas se eu trouxer o governador eu ‘fecho a tampa do caixão’ aqui em Bom Jesus da Lapa.
Informe GBJ – O senhor acabou de dizer que Wagner subiria no seu palanque. Mas, Wagner já afirmou também que só apoiaria, subiria em palanques de candidatos do PT.
ER - O governador vai subir no palanque de quem esteve comprometido com o seu projeto de governo na eleição passada. Eu estive comprometido no projeto do governador. Sem contar que sou da base de apoio, o governador depende de mim. Votos todos os projetos que são do interesse do governador na Assembléia Legislativa do Estado. E o governador jamais subiria num palanque aqui na Lapa em que estivessem Roberto Maia e Arthur Maia. Como o PT aqui em Lapa, até então, está atrelado com Roberto e Arthur Maia, é impossível de ter o apoio do governador. Não tenho sombra de dúvida disso. E nessa direção que está indo o PT de Bom Jesus da Lapa é óbvio que o governador vai subir no nosso palanque. Não vai subir no palanque de Roberto e Arthur que foram seus grandes adversários aqui. Muito diferente da gente que, embora o PV tivesse candidatura, nós ficamos com Wagner e Dilma.
Informe GBJ – Pode fazer suas considerações finais. Acrescentar algo que seja importante.
ER - Eu só tenho a agradecer e pedir que vocês continuem nessa linha, pois a Lapa precisa de veículos de comunicação que pautem pela seriedade, pela transparência e pela imparcialidade.

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

BOM JESUS DA LAPA AVALIA ESFORÇOS DE MOBILIZAÇÃO CONTRA A DENGUE

Fazer um balanço das atividades desenvolvidas, dos resultados obtidos e discutir estratégias para a continuidade das ações de prevenção e controle da dengue. Esses são os objetivos do encontro agendado para esta quarta-feira (dia 19), durante todo o dia, na Câmara de Vereadores de Bom Jesus da Lapa. O evento, coordenado pela Secretaria Municipal da Saúde, em parceria com a Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (SESAB) e a Fundação Luís Eduardo Magalhães (FLEM) será aberto ao público.
No turno da manhã está prevista a presença do grupo de articuladores da mobilização, que são líderes comunitários, estudantes, agentes de saúde e moradores dos bairros Amaralina, Centro, Nova Brasília, João Paulo II, Marimbondo, Maravilha II, Cidade Nova, São Giotardo, Parque Verde e São João. À tarde, o prefeito, todos os secretários municipais, parceiros públicos e privados são esperados e serão homenageados pela ação de responsabilidade social em apoio ao Projeto.
Nessa última etapa do projeto, todos os envolvidos farão um balanço das atividades desenvolvidas e promoverão um debate sobre o projeto, com o objetivo de aprimorar a metodologia, buscando o aperfeiçoamento constante. A proposta é que a experiência de execução do projeto piloto de Mobilização Social para Prevenção e Controle da Dengue possa permanecer como referência duradoura para as ações de combate ao mosquito da dengue em cada município participante.
Outras ações da Mobilização
Outras atividades desenvolvidas pelo Projeto de Mobilização Social para a Prevenção e o Controle da Dengue no Estado da Bahia incluem assinatura de termo de adesão dos gestores municipais, capacitação dos coordenadores municipais, seminário de sensibilização dos parceiros, fóruns para definição dos articuladores, onde pessoas voluntárias da comunidade passaram a integrar o projeto, constituição do grupo de trabalho dos articuladores, oficinas de capacitação desses voluntários, construção do plano de ação para mobilização dos bairros e realização de faxinaços modelo em todos os bairros envolvidos.
Visando dar sustentabilidade às ações e facilitar a comunicação e a troca de idéias entre os envolvidos, o projeto conta com o Sistema de Informação da Mobilização Social (SISMOB), um software disponibilizado pela SESAB e desenvolvido pela FLEM especialmente para esse trabalho.
Além da divulgação das ações no sistema, os sites bahiacontraadengue.com.br e Facebook também concentram informações sobre o a Mobilização. Na Bahia, participam deste projeto piloto, além de Bom Jesus da Lapa, os municípios de Eunápolis, Feira de Santana, Guanambi, Irecê, Itabuna, Ilhéus, Jequié, Porto Seguro, Senhor do Bonfim, Salvador e Teixeira de Freitas.
ASCOM FLEM
17/10/2011