sábado, 4 de fevereiro de 2012

PMs de Lapa aderem à greve

Em assembleia realizada no início da tarde deste sábado (04), os policiais militares de Bom Jesus da Lapa resolveram se juntar ao movimento grevista liderados por PMs de Salvador que deflagrou greve na última terça-feira (31). Os policiais decidiram parar as atividades e apenas 30% do efetivo permanece em serviço.
Atualmente a Companhia conta com 130 membros, divididos em seis municípios, dentre eles Bom Jesus da Lapa. Como a porcentagem que deve permanecer trabalhando em casos de greve, como determina a legislação, os policiais em serviço permanecerão no quartel e atenderão apenas casos urgentes. "Brigas domésticas, brigas de trânsito e reclamações sobre volume de som não vamos mandar viatura".
O aspirante a oficial da PM tenente Baião, afirma que existem dois grupos de PM e apenas um aderiu à paralisação: "Os oficiais permanecem em atividade, somente os praças - soldados e sargentos, estão em greve".
Baião também deu conselhos à população enquanto o movimento grevista continuar. "A gente recomenda que  bancos e o comércio permaneçam fechados". Mas, esclarece que a polícia não vai deixar que o clima de desordem e terror tomem conta da cidade. "Temos policiais no quartel e não deixaremos de cumprir em casos graves".
Motivos - Segundo os PMs de Lapa, a greve iniciou após as diversas tentativas de negociar com o governador Jacques Wagner fracassarem. "Wagner nem nos recebeu", conta um dos PMs. A pauta lista melhorias salariais e na estrutura. De acordo com os PMs, eles não recebem adicional por periculosidade e insalubridade. Querem também a incorporação da Gratificação por Atividade Policial (GAP) de nível 3 para 5, além da criação de um plano de carreira. Outro ponto também levantando é o aumento do número de concursos públicos para a ampliação do efetivo. 
Os PMs reclamam, também, da estrutura disponível trabalhar. "'Falta' colete, armas, munição e gasolina. Para 12 horas de serviços podemos usar apenas 30 reais de gasolina", conta um dos grevistas. 
Enquanto os policiais estiverem paralisados as ocorrências serão encaminhadas para a Polícia Civil.

*Os policiais grevistas lapenses preferem não se identificar, pois temem punições da corregedoria.

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