segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Entrevista com Moisés Barbosa, pré-candidato à prefeito de Lapa (parte 02)

Informe GBJ - Quais alianças estaria disposto a fazer?
MB - Olha só, no processo político você tem de pensar em todas alternativas, em todos os instrumentos que possa levá-lo ao resultado positivo. Nós sabemos que a política de Bom Jesus da Lapa é bem polarizada, sempre dois candidatos. Na questão de alianças, nós estamos entrando na política como uma alternativa de inovação, uma nova maneira de fazer política.
Informe GBJ - Vocês se vêem como uma terceira força?
MB - Eu me vejo como a primeira, a segunda, a terceira, a quarta... por que a gente tem uma preocupação em fazer bem feito. Essa questão da terceira força é por que falam que tem uma primeira e uma segunda. Portanto, eu vejo como a renovação da política de Bom Jesus da Lapa.
Informe GBJ - Mas o objetivo maior é lançar uma chapa-própria.
MB - Nós temos um grupo formado e consolidado por alguns partidos. Que eu posso citar aqui são o PDT, o PSDB, o PR e temos aí outros partidos que virão por que esse processo não finalizou. No momento ainda não iniciou nem a campanha política. Hoje se dá a condição de filiação de partidos para que no período correto, em maio e junho, se façam as convenções e lancem os candidatos. (sic)  Mas o que ficou definido é que o nome fosse o meu (nome). É tanto que já se propaga nas ruas, nas entrevistas que a gente deu no rádio, nos jornais que circulam na cidade já ficou definido o meu nome. E aí a gente continua trabalhando até o período da convenção, aí sim vai iniciar a campanha eleitoral de fato. Onde a gente vai usar todos os mecanismos necessários que forem concedidos pela Justiça Eleitoral. Hoje eu sou PRÉ-candidato do partido. Quando chegar o momento exato a gente vai passar a ser candidato. E aí trabalhar para ganhar as eleições de 2012.
Perguntas dos leitores No meu perfil do Facebook, lancei a proposta de que os leitores pudessem fazer uma pergunta aos futuros candidatos à prefeito. Os temas foram reunidos e todos os entrevistaram responderam perguntas sobre segurança, educação e cultura, dentre outros.  Leia a segunda parte da entrevista com Moisés Barbosa.
Informe GBJ - O problema da segurança pública tem sido umas das maiores preocupações da população. Já tem estudos sobre o que pode fazer para amenizar?
MB - Como se combate a violência? Com educação, com saúde, com lazer, com iluminação pública, por isso são formas de combater a violência. Com treinamento específico de polícia, não somente a polícia conhecida da segurança pública do Estado. Muita gente entende que polícia é só a Militar ou a Polícia Civil. A gente pode ter - através do que já deveria ter constituído em Bom Jesus da Lapa, um esquema de segurança onde treinaria as pessoas habilitadas para orientar a população, que também é uma forma de combater a violência.
Informe GBJ - O que já se está pensando sobre as propostas para o esporte e a cultura lapense?
MB - Primeiro que a gente não tem teatro, não tem cinema, biblioteca hoje nós só temos a do Colégio Modelo que não é divulgado. Mesmo por que o colégio não tem estrutura para absorver a sociedade. A gente procura uma biblioteca pública no município e não encontra. E teatro municipal, a não ser as sociedades organizadas, que preocupadas desenvolvem algumas ações na questão teatral. (sic) E vêm os talentos. Quantos talentos em Bom Jesus da Lapa estão ocultos, além de ocultos estão aniquilados por que não tiveram a condição de aprender a tocar um violão, participar de um evento que simulasse uma divulgação do seu trabalho. Em Lapa, infelizmente, a cultura não existe mais. É uma realidade. A gente vê o esforço de algumas pessoas no sentido de colocar um ponto de divulgação de música, mas muito restrito e sem apoio nenhum. Não tem a condição de fazer, fica desmotivado por que não tem o apoio necessário no sentido do patrocínio, é um comércio muito sobrecarregado , não dá contribuição  ‘pro’ que seria uma obrigação do poder público, por que existe verba para isso. Eu vejo que na questão da cultura, falta muito. E precisa haver o interesse tanto do governo municipal, do governo estadual e da sociedade em si. Mas para que isso aconteça tem que haver uma sintonia, precisa colocar em prática, não só no papel. Isso desenvolve o cidadão, desenvolve as pessoas. E na questão do esporte a gente procurar saber o número de quadras poliesportivas na cidade, é complicado. Eu não sei dizer onde a gente encontra quadras poliesportivas na cidade, uma cidade com quase 70 mil habitantes. E nós sabemos que o esporte é um dos mecanismos que ajuda no desenvolvimento das pessoas em todos os sentidos. E até inibe o adolescente a se envolver com determinadas situações, como dissemos anteriormente. Hoje o esporte não tem apoio nenhum. (sic) Lapa já chegou a disputar campeonatos intermunicipais. Hoje a situação está tão difícil que não tem condições nem de pegar um ônibus para jogar em Paratinga. Se não for o apoio do comércio privado não tem condições de ir. Não tem incentivo, então é ‘desmotivante’. Então, temos que construir projetos - ainda falta muito tempo, a gente está elaborando um plano de governo onde contempla essa questão do esporte e da cultura. Mas isso deve ser formado com as pessoas que tem a preocupação, não é somente o candidato que vai construir esse projeto. Vai ser formado com a sociedade preocupada, constituída com a igreja, a própria Câmara de Vereadores, que é muito importante e tem essa preocupação, o Executivo e aí a gente coloca em prática de fato, não fica só no falatório.
Informe GBJ – Quais os projetos para educação?
MB – Nós, aqui no município de Bom Jesus da Lapa, a gente já conhece a dificuldade com relação a educação. Cabe a gente constituir um plano de governo onde qualifica professores, deixa um salário digno, não que o salário seja estimulante, por que quem escolhe a profissão faz com amor, com carinho e dedicação. Mas é preciso que seja remunerado para que continue com esse estímulo.
Informe GBJ - A respeito das discussões sobre o novo plano de carreira do município, você já tem conhecimento? Qual a sua opinião sobre a forma como estão sendo conduzidas as negociações?
MB - Na questão do plano de cargos e salários eu vejo uma condição hoje muito desestimulante, desanimador para os funcionários públicos. Poxa, trabalhou tanto contribuiu tanto com a sociedade na formação de pessoas, para uma sociedade mais justa com conhecimento. E aí quando a gente chega numa idade mais avançada a gente precisa ser sustentado, por que, às vezes, com um salário não vai poder nem comprar os medicamentos que serão necessários para poder viver. Imagine alimentação, o bem-estar. Então, a gente vê que não está tendo a devida preocupação nessa questão dos salários do funcionário público. E pior são o dos professores , que são pessoas que contribuem na sociedade, formam de fato a sociedade. Dedicar-se quatro, seis anos se especializando para depois não ter um salário, receber um salário mínimo. Estou dizendo que as pessoas precisam ser valorizadas. Eu vejo que precisa discutir melhor, o Poder Executivo junto com o Legislativo mais as associações e sindicatos devem sentar e discutir fundamentados na receita do município, por que o gestor também não pode ser irresponsável de querer pagar salários mirabolantes por que não vai acontecer sem ter a receita. Por isso que a gente sabe que tem que haver ajuste fiscal e ver o que é melhor para o todo.
Informe GBJ - O problema de infraestrutura da cidade para receber todos os anos os milhares de visitantes é histórico. Há algum projeto para a melhora desse problema?
MB - Sabemos nós que num período de quatro meses passam por aqui um milhão de pessoas. Poucos municípios no Brasil têm essa condição de atrair tantas pessoas de diversas classes sociais. Falta a Bom Jesus da Lapa planejamento. A Lapa não tem infraestrutura por que não foi planejado. O problema não é só da gestão atual, vem de muito tempo. Eu fiquei indignado por que esse ano faltou água durante 30 dias no bairro Lagoa Grande. Eu tenho uma propriedade, uma área de lazer no bairro Lagoa Grande e durante trinta dias não foi água lá. Chegou água de carro pipa, isso é uma vergonha. Nós estamos ao lado do rio São Francisco. São Paulo, uma cidade com uma população de milhões de pessoas não falta água. Quando falta é questão de meio período. Eu falo de São Paulo por que é uma cidade de 20 milhões de habitantes. Bom Jesus da Lapa tem 70 mil e falta água a dois quilômetros do rio. Então falta planejamento. O planejamento não é somente na falta d’água. Aí vem a infraestrutura do trânsito, nós não temos nada que acomode, que dê o conforto necessário para as pessoas, por que sabemos que quanto mais tempo ficarem os visitantes mais irão gastar e mais dinheiro irão deixar para o município. Então é um problema que precisa ser planejado minuciosamente. Eu posso dizer que não será resolvido de imediato, mas nós temos projetos para melhorar essa questão do turismo no sentido de dar uma adequação, um conforto para as pessoas que visitam e, consequentemente, aumentar a visita dessas pessoas.
Informe GBJ – Pode fazer suas considerações finais. Acrescentar algo que seja importante.
MB - Ainda não é momento de estarmos lançando candidaturas. A gente está completando os ingredientes para se tornar candidato que é a filiação partidária, os partidos que poderão caminhar junto para no momento exato a gente poder consolidar e mostrar o plano de governo. Mostrar por que a gente quis entrar no meio político, que o nosso objetivo não é nada mais do que contribuir para a sociedade por que tudo que a gente tem foi Lapa que deu.

Nenhum comentário:

Postar um comentário