Para muitos, Edimar Mateus de Oliveira, é visto como “zebra” no cenário político. Para outro tanto, a entrevista no Informe GBJ foi o primeiro grande holofote que recebeu. Hoje, publico a íntegra da conversa com o funcionário público, pré-candidato a prefeito pelo PTC.
Biografia
Edimar Oliveira - Eu moro em Bom Jesus da Lapa há 20 vinte anos, porém, sou natural Teófilo Otoni, Minas Gerais. Conheci a cidade como vendedor de sal mineral na região. Nesse ínterim conheci o projeto Formoso e logo na primeira visita comprei um lote. Morei lá por três anos e depois vim para o bairro Magalhães Neto. Aqui conheci minha esposa, me casei.
Informe GBJ - O que levou a querer entrar para a política?
EO - Primeiro com relação a baixa qualidade de vida na cidade. Estou aqui há 20 anos e pouca coisa foi feita nesse tempo. Ocorreram transformações, mas de forma muito lenta. E como eu constituí família aqui, hoje eu tenho uma filha de 15 anos, a gente fica preocupado com o tipo de cidade que queremos deixar para nossos filhos e netos.
Informe GBJ - E por que você escolheu o PTC?
EO - Primeiro, quero salientar o seguinte: minha intenção era ter domínio sobre o partido, estar na direção de um partido. Partidos maiores tentei me filiar, mas não consegui.
Informe GBJ - Quais partidos?
EO - O PT foi um deles. Tentei duas vezes e eles recusaram, algo, por sinal, inconstitucional. Nessa situação, já que eu queria iniciar uma carreira política achei por bem procurar um partido novo e ser presidente desse partido e ter uma certa independência com nossas ideologias. Nesse ínterim fiz uma consulta e descobri o PTC que estava desativado em Bom Jesus da Lapa. Liguei para a direção estadual e eles me concederam o direito de registrar a comissão provisória aqui e foi isso aí. Juntamos um pessoal amigo que também estava querendo entrar nesse movimento de reforma da cidade e registramos o PTC – Partido Trabalhista Cristão.
Informe GBJ - O PTC realmente tem pretensão de lançar chapa próprio ou esse movimento todo é apenas para chamar a atenção para o partido?
EO - Não, nosso objetivo principal é lançar candidatura. Nós estamos aí anunciando nos quatro cantos da cidade convidando as pessoas a se filiarem. A se tornarem pré-candidatos a prefeito, vice-prefeito e vereador. É um convite estendido a todos. Só que, entre esses pré-candidatos, se a comissão diretora do partido permitir eu pretendo encabeçar a chapa como prefeito.
Informe GBJ - Existem outras pessoas bastante conhecidas que estão no PTC hoje?
EO - Olha, de imediato, não. São pessoas simples que também estão começando na carreira política. Na verdade, é um grupo novo. Nós não temos nenhum vínculo com grupos existentes em Bom Jesus da Lapa hoje. Então, é uma terceira alternativa para Bom Jesus da Lapa. Um grupo totalmente independente.
Informe GBJ - O que acredita que pode fazer que outros ainda não tenham feito?
EO - Primeiro, podemos fazer muito. Fazer muito além do que os políticos passados. Por que nós descobrimos que nossa prefeitura é muito rica. Recebe fortunas e nós percebemos que essas verbas monstruosas, tudo indica, que estão sendo desviadas para interesse próprio. De posse desses conhecimentos, nós fizemos um estudo e chegamos à conclusão de que Bom Jesus da Lapa não carece de verbas públicas. Têm carência de seriedade e honestidade no uso das verbas públicas. Sendo assim, já que o nosso principio como pessoa, como partido nossa ideologia está voltada para a moralidade pública, nós queremos fazer uso dessa moralidade pública para acelerar o desenvolvimento da cidade com recursos próprios.
Informe GBJ - O senhor se sente capacitado para administrar uma cidade como Bom Jesus da Lapa?
EO - Sem dúvida alguma. Primeiro, sou estudante de administração. Segundo, de certa forma estou na área jurídica, trabalho no Juizado Especial Criminal. E também a experiência de vida acumulada ao longo desses anos. Estou iniciando na militância agora, mas de certa forma tenho certa bagagem intelectual, moral, e experiência que pode muito contribuir para o desenvolvimento da cidade.
Informe GBJ - Você disse que é funcionário público.
EO - Sim, sou funcionário do Juizado Especial Criminal de Bom Jesus da Lapa. Sou concursado.
Informe GBJ - Você tem uma carreira como funcionário público e também disse que é novo na política. Se a sua candidatura se efetivar, provavelmente, você irá disputar o pleito com pessoas que já conhecem as ‘manhas’. Você não tem medo de que essa entrada na política lhe prejudique de alguma forma no trabalho ou a sua família?
EO - Não, de forma alguma. Primeiro, por que eu tenho o apoio da família. É muito importante o candidato ter o apoio dentro da família. E, segundo, eu não vejo adversário pela frente insuperável. Eu encaro a política hoje em Bom Jesus da Lapa como muito frágil por que é vazia. As campanhas políticas giram em torno de três coisas básicas: carreata, foguetório e bate-boca. Durante o período eleitoral o que os candidatos fazem? Um fala mal do outro, xinga, mas ninguém apresenta um projeto. Ninguém esclarece a população e dessa forma o eleitor vai para as urnas sem opção. Ele vota por votar por que o candidato A e o candidato B fazem o mesmo estilo. Dessa forma deixa o eleitor confuso e desmotivado para escolher. Quando não tem diferencial entre os candidatos e o eleitor não quer perder o seu voto, já que nenhum dos dois tem um programa documentado, por que para mim promessa tem que ser documentada, passa a escolher o seu candidato pelo número de carros nas carreatas. Então nós queremos mudar esse cenário, esse tipo de fazer campanha em Bom Jesus da Lapa. Nós queremos enriquecer a consciência política do povo através de um projeto bem fundamento com base nas receitas do município, e com relação aos valores monstruosos que a prefeitura municipal recebe. Hoje a prefeitura municipal recebe cerca de 90 milhões de reais por ano. É dinheiro demais. Se você multiplicar isso por quatro, que é o tempo de mandato, são 360 milhões. Então, num município como o nosso, com uma folha de pagamento pequena já que a maioria recebe um salário mínimo, eu diria que nossa cidade poderia se desenvolver muito mais se o dinheiro fosse aplicado de forma honesta.
Informe GBJ - Então você acredita que não terá prejuízos com essa sua entrada na política.
EO - Se formos pensar em risco, na verdade nossa vida é um eterno risco. Mas, numa visão geral, não vejo nenhuma dificuldade.
candidato nota 10 vou votar nele.Homem íntegro e temente a Deus.
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