Perguntas dos leitores
Informe GBJ - O problema da segurança pública tem sido umas das maiores preocupações da população. Já tem estudos sobre o que pode fazer para amenizar?
EO - Na minha visão, hoje, como futuro administrador de Bom Jesus da Lapa, é, primeiramente, reurbanizar dois bairros: o Beira-Rio e a Nova Brasília. O problema da segurança pública hoje passa por estes dois bairros. Primeiramente, melhorar a infraestrutura dos bairros, por que estaremos atrás de medidas não paliativas.
Informe GBJ - O que já está pensando sobre as propostas para o esporte e a cultura lapense?
EO - Essa, sem dúvida alguma, é uma preocupação minha. Vejo a cidade com poucas opções de entretenimento, de lazer, de cultura. E no tocante a entretenimento, em razão dessa carência, hoje a população mais jovem é obrigada a frequentar barzinhos e praças. Então, para nós do PTC, a saída é a prefeitura investir pesado na construção de clubes sociais públicos nos bairros de periferia com piscinas e quadras de esporte. A elite que é mais central, já tem o Carranca e a AABB, por que numa cidade quente como a nossa a população mais pobre não tem acesso à piscina. Fora isso, do lazer e do esporte, nós temos a questão da cultura. Então, na minha visão hoje, Bom Jesus da Lapa está plenamente ao alcance de construir um teatro municipal para desenvolver não só a cultura local e revelar os talentos locais, mas também trazer peças teatrais com artistas de reconhecimento estadual e até nacional. Outra coisa importante também, na minha visão, é a construção de um cinema. Um cinema construído pela prefeitura, no centro da cidade, moderno e com ingressos bem acessíveis. Ou seja, subsidiados pela prefeitura. Com isso eu acho que enriquece, e muito, a cultura local.
Informe GBJ – Quais os projetos para educação?
EO - O nível de ensino de Bom Jesus da Lapa é muito baixo. E já que o ensino passa pelos professores eu acho que já está na hora da prefeitura capacitar melhor os professores. (...) Outra carência muito grande são os cursos preparatórios para os vestibulares. Eu acho que já passou da hora da prefeitura criar um cursinho pré-vestibular para atender essa demanda de jovens de ensino médio em busca de uma vaga na faculdade.
Informe GBJ – A respeito das discussões sobre o novo plano de carreira do município, você já tem conhecimento? Qual a sua opinião sobre a forma como estão sendo conduzidas as negociações?
EO - Como servidor público, mais do que nunca, eu aprovo esse movimento em prol do novo plano de carreira. Principalmente, com relação à educação por que são monstruosas as verbas. Só para se ter uma ideia, ano passado veio mais de R$22 milhões para a secretaria de educação. Então não justifica pagar salário mínimo, praticamente. Os professores correm atrás do piso nacional dos professores. Eu acho mais do que justo. Eles (os administradores) estão cometendo uma ilegalidade muito grande em não conceder aos professores esse piso salarial. Como futuro pré-candidato eu vejo esse movimento muito salutar e por sinal como uma questão de justiça, algo de direito dessas pessoas. Então, em meu ponto de vista, já passou da hora de ter um plano de carreira não só para os professores, mas para todos os servidores. Tenho acompanhado de fora (as discussões). Mas aí é briga de patrão e empregado. Logicamente que cada um tem seus interesses e toda transformação é dolorosa. Se o prefeito não quis abrir o diálogo, logicamente que o movimento grevista, esse movimento de pressão da categoria, viu a salvação para seus problemas nada mais justo do que essa classe lutar por seus direitos.
Informe GBJ - O problema de infraestrutura da cidade para receber todos os anos os milhares de visitantes é histórico. Há algum projeto para a melhora desse problema?
EO - Sem dúvida alguma. Nossa cidade é tradicionalmente católica; surgiu com o turismo religioso e ao longo desses anos o turismo religioso vem sendo uma fonte muito grande de riquezas para o município. E o que a gente percebe é que a prefeitura não dá a devida atenção, o devido assessoramento, não contribui para a expansão do turismo religioso. O PTC vê, basicamente, quatro alternativas para aumentar o turismo religioso: primeiro melhorando o fluxo do transito, tanto de carros quanto de pedestres. Como poderia ser feito isso? Buscando alternativas para redesenhar o trânsito na cidade. Uma das alternativas seria a construção do novo cais com uma nova avenida larga e asfaltada saindo da esplanada da gruta até o bairro Magalhães Neto. Então o pessoal que vem do Magalhães Neto já não usaria mais a rua Santa Luzia para chegar até o centro. Em alguns becos da cidade já passou da hora de indenizar e ‘enlarguecer’ esses becos. O que contribui muito para o fluxo. (...) Está na hora da prefeitura ver essa questão com muita seriedade por que dependemos, e muito, da riqueza gerada pelo turismo religioso. Outro detalhe para incentivar o turismo é criar novas atrações. Uma das atrações seria a possibilidade de construir um teleférico ligando o morro da gruta ao ‘pé’ do Cais. Ou seja, a possibilidade de fazer um passeio aqueles que não têm mais condições de subir o morro. Além disso, a questão também da segurança. Hoje o turista se sente inseguro em Bom Jesus da Lapa. Então cabe, na minha visão, a criação até de uma guarda municipal. A nível de policia militar, policia civil nós temos um quadro muito deficiente e a prefeitura criar a guarda municipal para complementar, dar mais suporte ao turismo. Acho que é uma medida muito salutar. Segurança, melhorar infraestrutura e criar novas atrações.
Informe GBJ – Pode fazer suas considerações finais. Acrescentar algo que seja importante.
EO - Eu quero informar o diferencial do PTC. Estamos alertando sobre esses 20 anos de atraso (em relação à Guanambi) mostrando à população que tem a saída para esses problemas e a saída é o uso sério e honesto do uso das verbas públicas.
Informe GBJ - O que te levou a chegar à conclusão dos 20 anos de atraso?
EO - Na verdade nossa cidade tem um potencial econômico bem maior do que Guanambi. Isso é inquestionável. Nossa cidade recebe mais de um milhão de turistas, é banhada por um dos maiores rios do Brasil que é o São Francisco, e temos o projeto Formoso que joga R$70 milhões no comércio razões ‘pela qual’ não justifica tanto atraso. Ou seja, não justifica para uma cidade com um potencial tão grande tanto atraso. Já dissemos que o problema desse atraso não é por falta de verbas públicas e muito menos pelo potencial econômico do município. Está na hora da gente explorar melhor esse potencial e também tratar com mais seriedade a administração pública de. Ou fazemos isso ou nossa cidade vai acumular não 20, mas 50 anos de atraso.
Nenhum comentário:
Postar um comentário