A partir de hoje o Informe GBJ publica as entrevistas completas com os pré-candidatos à prefeito de Bom Jesus da Lapa. Parte do bate-papo com as seis personalidades políticas foram publicadas na edição de outubro do informativo. No entanto, como o espaço não permite, a íntegra das conversas serão publicadas aqui. As entrevistas aconteceram nas duas últimas semanas de setembro, em locais escolhidos pelos pré-candidatos. As perguntas foram elaboradas pela equipe do Informe GBJ, com a participação de leitores através de uma rede social.
Confira, agora, a entrevista com o empresário Moisés Barbosa, pré-candidato pelo PDT. Ele me recebeu na Unopar, uma de suas empresas, onde falou sobre a vida, política e o que pensa sobre os problemas da cidade.
Biografia
Moisés Barbosa - Nasci no interior do município, na localidade das Carnaíbas. Morei seis anos no interior e dada a dificuldade de procurar melhoras de vida, viemos para a cidade. Morei na rua Santa Luzia de 1977 a 1991. Estudei no Colégio Wilson Lins por muito tempo, até concluir. Estudei o segundo grau no colégio Frei Francisco da Soledade e iniciei a minha vida com muita determinação e trabalho onde cheguei nessa situação que vocês me conhecem. Me tornei um microempresário, que gera empregos na cidade.
Informe GBJ - O que lhe atraiu na política?
MB - Nos últimos trinta anos a gente observa que Bom Jesus da Lapa poderia estar superior a muitas cidades circunvizinhas. (sic) Bom Jesus da Lapa se encontra hoje numa situação em que dá medo de continuar morando em Bom Jesus da Lapa por que você não vê um horizonte, não vê nada de desenvolvimento, de confiança futura. Você tem medo de que os filhos permaneçam em nossa cidade. Não tem oferta de emprego, não tem segurança, não tem saúde, a educação a gente sabe da dificuldade que é. Por isso, vivendo aqui, construindo nossa vida aqui, a gente sabe que tem uma condição de retribuir. Então a gente não se dá por satisfeito nessa questão da estabilidade da vida privada, ou seja, das empresas. A gente vai estar satisfeito quando a gente construir uma sociedade mais justa, contribuindo também no cenário político.
Informe GBJ – Então, seria um grupo empresarial, digamos assim, que teria lhe nomeado como representante?
MB - Bem, não é uma decisão de um grupo empresarial que resolveu entrar na política. A gente conhece as dificuldades dos municípios do Brasil e Lapa não está muito distante disso, ela é igual a todo e qualquer município. A questão dos empresários (que sou do meio empresarial), as pessoas conhecem o meu trabalho, acreditaram no meu potencial, e viram em mim, no meu nome, a condição de representá-los bem politicamente. Mas não é uma decisão tomada por que o grupo de empresários tem que tomar conta do poder público. Nada disso. É uma decisão tomada pela faculdade que eu tive de administrar minhas empresas e pela condição de eu, Moisés, como pessoa, contribuir com a sociedade que a gente vive e também no cenário político.
Informe GBJ - Nas últimas eleições teve alguma participação, chegou a apoiar algum grupo?
MB - Olha só, eu nunca participei de processo político na condição de candidato. A gente, junto com um grupo de pessoas preocupadas com a situação de Bom Jesus da Lapa, nós apoiamos um candidato na eleição passada p’ra prefeito, mas que, infelizmente, não correspondeu com as nossas expectativas. A gente acredita em pessoas e, infelizmente, essa pessoa a qual a gente apoiou não teve a hombridade, a honestidade ou dignidade de continuar com a preocupação de fazer o melhor para o município que é o que a gente almeja.
Informe GBJ - Seria Eures Ribeiro?
MB - Perfeitamente.
Informe GBJ - Quais foram as expectativas que ele não atendeu, que ele decepcionou?
MB - Olha, foram muitas coisas assim pessoais, não do interesse pessoal. Como pessoa, prometeu muito às pessoas que a gente ‘tava’ junto. Além da responsabilidade de não cumprir com os compromissos firmados com as pessoas que estavam conosco. A ingratidão... Para se ter uma idéia, já se passou três anos e ele nunca teve a hombridade e a humildade de, pelo menos, agradecer o apoio que nós lhe demos. E isso é muito ruim. Quando você ajuda as pessoas, contribui, por que cada ser humano tem a representatividade. Eu acho que todo mundo é importante dentro do seu quadrado, tem a sua importância. Eu acho que ninguém entra num processo, se dá por absoluto e se acha na condição de ser o merecedor dos votos e não foi ajudado por ninguém. E isso é muito ruim. Deixou essa condição, essa situação do não agradecimento, e as ações que está fazendo não são ações que beneficiam a sociedade como um todo e, sim, de interesse próprio e isso deixa a gente muito preocupado.
Informe GBJ – Quais as contribuições que você pode dar, que outros ainda não fizeram?
MB - Nós temos projetos dos governos, planos para tornar Bom Jesus da Lapa melhor por que se nós sabemos das condições da renda per capita, sabemos da infraestrutura que Bom Jesus da Lapa oferece tanto nas suas peças produtivas quanto água, energia em abundância, a localização geográfica – está muito bem localizada, sabemos dessa questão logística para distribuição de produtos, a gente sabe que temos tudo. Mas, infelizmente, os que aí tiveram não deram a devida importância, se preocuparam com outros fatores, não cabe a gente denominá-los. Eu quero dizer pra você que, se eleitor for, estarei pronto para retribuir a Bom Jesus da Lapa e ajudar Bom Jesus da Lapa a colocar no caminho do desenvolvimento por que a gente conhece esses caminhos.
Informe GBJ - Então se sente preparado, capacitado para assumir a prefeitura?
MB - Preparado a gente nunca está, no sentido do conforto. Mas diante de tanta dificuldade que a gente enfrentou p’ra chegar onde chegou, se mantendo num mercado tão perverso que é a economia que oscila bastante. O comércio que é cheio de dificuldades: a inadimplência, a crise que afeta o município e o país e a gente chegou aonde chegou e mantém gerando os empregos que são precisos nas empresas, mantém as empresas honrando os seus compromissos, eu acho que a gente tem um conhecimento para também no processo público, estando à frente do Executivo, é possível que a gente faça muito por que, dada a experiência, o conhecimento de tudo aquilo que aprendeu e não é diferente é como eu estava conversando com o padre Casimiro, estar na prefeitura não é nada mais nada menos do que administrar uma empresa. Porém, a prefeitura tem um diferencial. A empresa tem de buscar os lucros para poder pagar os impostos, para pagar os salários e a prefeitura já vêm os valores todo mês. Então não tem muito segredo. A gente só precisa ter consciência, saber que a verba que vem pra saúde tem que ir pra saúde, a verba que vem para educação tem que ser gasta na sua totalidade na educação e assim sucessivamente. Como a gente já faz isso na vida privada então eu acho que a gente tem condição de fazer também na vida pública.
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Continua...
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