quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Especial: entrevista com o pré-candidato à prefeito de Lapa Eures Ribeiro (parte 01)

Dando continuidade às entrevistas com os pré-candidatos à prefeito de Lapa, publico a íntegra do bate-papo com o deputado estadual pelo PV, Eures Ribeiro.
Biografia
Eures Ribeiro - Eu venho de família muito simples daqui mesmo de Bom Jesus da Lapa e, diferente de muitas pessoas que ocupam os cargos públicos na Lapa, eu mesmo forjei a minha vida política. (sic) Comecei no movimento estudantil, fui presidente da Unel – União dos Estudantes. Me projetei para a Câmara Municipal de vereadores. Na primeira eleição fiquei na suplência. Fui estudar em São Paulo nesse período, quase sou formado em Bacharel em Direito. Eu retornei para a Lapa e me candidatei a vereador e tive dois mandatos, onde me elegi presidente da Câmara. (sic) Eu disputei a prefeitura numa eleição muito difícil, apertada, onde menos de 3% foi a diferença e o que me credenciou para as eleições seguintes, de deputado, onde estou agora.
Informe GBJ - O que levou a querer entrar para a política?
ER - Eu militava em grupo de jovens e na Pastoral da Juventude. E, automaticamente, quando você milita nesses grupos de base, você vai se politizando. (sic) E essa base da Igreja Católica, no grupo de militância, me possibilitou entrar no movimento estudantil. E do movimento estudantil foi um ‘pulo’ para a vida política.
Informe GBJ – O que pode fazer que outros ainda não fizeram?
ER - A Lapa está sendo administrada por um administrador de empresas, formado, empresário. O que não é nenhuma novidade mais, um administrador de empresa e um empresário, que todo mundo acha que é o modelo de gestor, administrar uma cidade. ‘Por ser um administrador, vai fazer uma grande gestão.’ Está provado que nada disso é verdade, por que a cidade está entregue. O que a Lapa precisa é de um humanista que administre a cidade com o coração voltado para as pessoas mais carentes da cidade. A Lapa tem uma população muito pobre. Na minha casa tem sempre alguém que bate na porta e a gente sempre está atendendo. Hoje os maiores problemas de Bom Jesus da Lapa ‘está’ na periferia. Nós temos que ter um prefeito voltado para a gestão administrativa, mas que também olhe para o dia a dia das pessoas.  Que cuide do povo. Acho que é esse o perfil do prefeito que a cidade precisa. Já testou um administrador, um gestor e viu que não serviu. Eu acho que é agora é um humanista, um prefeito que cuide da vida das pessoas. Que administre, que governe, mas que pense na vida das pessoas mais pobres que precisam do atendimento do poder público. Quem precisa da prefeitura é o pobre. É essa gestão que eu quero fazer na Lapa.
Informe GBJ – O senhor se sente plenamente capacitado para administrar uma cidade como Bom Jesus da Lapa?
ER - Eu me sinto muito capaz para governar, sim. E estou muito preocupado em fazer uma aliança política que me permita isso por que é na ‘costura’ política agora que você tem a noção se o prefeito vai  governar bem ou não. Se você faz um amarramento político ruim, com pessoas tendenciosas que não querem o bem da Lapa, que só querem o seu enriquecimento próprio, se você faz esse tipo de aliança, você fica comprometido na governabilidade. E eu estou muito preocupado em fazer uma aliança que realmente gera a governalibidade com responsabilidade. E fazer um compromisso com as pessoas que tenham projeto, as pessoas que querem o futuro da Lapa, e todas as alianças que estou fazendo ‘é’ nesse sentido de pessoas comprometidas com o futuro da Lapa. O poder tem que ser divido com o grupo político, mas com respeito e responsabilidade.  Com pessoas capacitadas e comprometidas com a cidade. Eu não vou fazer alianças políticas só comprometidas em vender para a prefeitura ou em ganhar em cima da prefeitura. Isso jamais. E eu crei que isso que  vá dar boa governabilidade na próxima gestão.
Informe GBJ - Quais alianças estaria disposto a fazer?
ER - E eu estou muito preocupado em fazer uma aliança que realmente gera a governalibidade com responsabilidade. Nós temos hoje 16 partidos que estão conosco. Nós vamos fazer uma frente que jamais ninguém fez na história política da Lapa. Nós estamos conseguindo unir partidos do centro, da esquerda e da direita. E muitos deles da base do governador Jacques Wagner.
Informe GBJ – É um tipo de aliança que aconteceu na eleição passada?
ER - Na eleição passada perdi a eleição e eu acho que não estava preparado naquele momento para governar a cidade por que eu pequei nas alianças. Se a gente tivesse ganhado a eleição, a gente teria uma dificuldade imensa para governar. Nesta, não. Eu estou mais centrado em fazer alianças que me permita governar com responsabilidade e com mais um compromisso. Eu não posso errar. Eu tenho que fazer uma grande gestão em Bom Jesus da Lapa. Já tenho experiência de estar em Salvador, ser deputado, de ver o dia a dia das grandes gestões. A gente está fazendo vários cursos, de modernização da máquina pública e mudando muito a visão de governar o município. E a Lapa tem que ter uma gestão inovadora. Nós não estamos mais falando de uma cidade pequena do interior. Nós estamos falando de uma cidade de quase 80 mil habitantes. Uma das maiores cidades do interior da Bahia. A maior produtora de banana do norte e nordeste e a terceira maior romaria do Brasil. Ninguém vai governar a Lapa se nção levar em conta a romaria do Bom Jesus e o Projeto Formoso, que é um potencial incrível para a geração de emprego e renda, e isso tem que ser aquecido no programa de  governo. Nós queremos colocar um plano de governo nesse sentido com pessoas comprometidas com a cidade. Eu abri um diálogo e com minhas alianças políticas só estou discutindo a cidade. Por que é muito ruim quando você vai discutir secretárias, eu não estou discutindo isso. Quando tocam no assunto, eu mudo o foco. Tem que fazer alianças, dividir a governabilidade, que você tem que dividir com os grupos políticos, como projeto de governo, e com pessoas capacitadas. Imagina colocar um secretário por que você fez um acordo político e o cara não entende nada da pasta. E essa minha ida para Salvador me fez ficar ainda mais preparado para fazer uma gestão inovadora em Bom Jesus da Lapa.
Informe GBJ - Então essa pode ser a principal lição que você tirou das últimas eleições municipais?
ER - Sem sombra de dúvida foi a minha principal lição. Você tem que fazer um bloco de patamar político agora com pessoas comprometidas com a cidade. Têm vários partidos que são comprometidos com a cidade. Tive um diálogo com o PRB, que é um partido evangélico e está crescendo, e me ‘assombrei’ com as ideias do partido, que batiam exatamente comigo. Ninguém me pediu cargo, emprego na prefeitura caso a gente vier a ganhar. Elas só estavam preocupadas em discutir a cidade, o projeto. É isso que nós vamos fazer com todos os partidos. Com oPCdoB que também está preocupado com isso.  Com o PTN, o PTB, com os 16 partidos que integram o nosso bloco. É preciso uma aliança madura colocando à frente os interesses da cidade, acima dos interesses pessoais e políticos.
Informe GBJ - Ainda falando sobre as últimas eleições, uma terceira corrente surgiu formada por pessoas que foram apoiadores da sua candidatura em 2008, alegando que se sentiram decepcionados com você após a eleição. O que você tem a dizer sobre isso?
ER - Você só se decepciona com quem chega ao poder. Eu não cheguei ao poder. Não tem por que alguém dizer que está decepcionado comigo por que eu não ganhei. Eu não fui prefeito. Eu não sou gestor. Essas pessoas falam como se eu tivesse administrado a Lapa, tivesse decepcionado o município de Bom Jesus da Lapa, e se sentiram magoadas por que eu fui um péssimo gestor. Eu não cheguei na prefeitura. Ninguém pode dizer por que eu não fui testado. Como você pode dizer que a pessoa é ruim, um mal gestor, um irresponsável se ele não governou? A única experiência administrativa que tive foi a presidência da Câmara e  que foi um sucesso. Todo mundo vai dizer, se você abrir a boca em Lapa, que eu fui o melhor presidente da Câmara de toda história política de Bom Jesus da Lapa. Eu tirei a Câmara do aluguel. Eu modernizei o poder. Eu já fui testado como presidente de Câmara que também é um órgão gestor, mas como prefeito não. As pessoas podem ter se decepcionado comigo com o projeto pessoal delas de poder. (...) Embora eu não tenha mágoa dessas pessoas, eles seguem seus caminho normalmente. Eu não sou pessoa de guardar rancor de ninguém. Se eles acham que o melhor caminho é esse, desejo sorte e que sigam o caminho deles. Mas no meu projeto político eles não se enquadram. Enquadra comigo que pensa na cidade e pensa no sucesso da cidade e não quem pensa em si próprio.

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